CEO da Porsche admite deixar diesel

A Porsche vai decidir até ao final da década se a sua recente geração de motores a diesel será a última. Segundo as declarações que o CEO, Oliver Blume, prestou à Reuters, o fim do diesel pode mesmo estar muito perto para a marca alemã.

O escândalo da Volkswagen com as emissões produzidas pelos motores a diesel tem lançado uma sombra de dúvida sobre a divisão da Porsche, que agora admite considerar alternativas, depois de ter introduzido o diesel pela primeira vez com o Cayenne, em 2009. "Claro que estamos a ter atenção a esta questão, mas ainda não tomámos nenhuma decisão", afirmou Oliver.

O CEO da Porsche garantiu que a marca vai oferecer nos próximos 10 a 15 anos uma mistura entre veículos com motores de combustão, híbridos plug-in e carros totalmente eléctricos, mas que até 2020 decidirá se o diesel tem futuro na fabricante. Esta hipótese é anunciada depois de procuradores alemães terem dado início a uma investigação à companhia, no mês passado, sobre a possibilidade de um envolvimento no controlo ilícito de emissões poluentes dos diesel através de um software regulador.

Certo é que a nova versão do Cayenne, que será lançada em Setembro, irá contar com a opção diesel, mas "para as gerações que se seguem existem cenários diferentes", acrescentou Oliver. Os carros a diesel ainda representam 15% das vendas da Porsche, ainda assim bem abaixo de outras marcas alemãs como a BMW (35%) ou Audi (66%).

Em destaque